terça-feira, 1 de setembro de 2015

Aumento de pessoal e empréstimos dificultaram finanças estaduais, segundo Levy

De acordo com dados apresentados pelo ministro da Fazenda, a despesa de pessoal dos governos estaduais saiu de R$ 185 bilhões em 2011 para R$ 284 bilhões em 2014, com um crescimento de 54%.



O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, apontou nesta terça-feira (1) o aumento de gastos com pessoal e os novos empréstimos como os principais fatores para o aumento da dívida e a piora da saúde financeira dos estados.

“Apesar do aumento de investimento, a relação investimento/PIB [Produto Interno Bruto] caiu e a de despesa de pessoal/PIB aumentou. Por que isso é perigoso? Porque investimento é o que gera riqueza. Os empréstimos foram usados para pagar pessoal. Investimento você paga uma vez, quando você aumenta pessoal em uma fase ascendente, depois vai ter dificuldade”, afirmou Levy.



Ele participou de audiência pública da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados sobre a situação financeira dos estados, particularmente do Rio Grande do Sul.

De acordo com dados apresentados por Levy, a despesa de pessoal dos governos estaduais saiu de R$ 185 bilhões em 2011 para R$ 284 bilhões em 2014, com um crescimento de 54%.

Crescimento de dívidas - Segundo Levy, a dívida dos estados com a União cresceu menos do que a arrecadação estadual. A dívida dos estados aumentou 28%, de R$ 472 bilhões em 2011 para R$ 605 bilhões em 2014. Enquanto isso, no mesmo período, a arrecadação própria dos estados cresceu 47% (de R$ 320 bilhões para R$ 505 bilhões).

O ministro da Fazenda afirmou que o aumento da dívida aconteceu, principalmente, por causa de empréstimos feitos não com a União, mas com bancos federais e instituições financeiras externas. “Em termos nominais, houve crescimento de R$ 132 bilhões de dívidas, sendo a maioria para outras dívidas”, afirmou.

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