quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Lobão assina contrato de concessão da usina Sinop e destaca planejamento

Ao presidir, nesta quarta-feira, 26 de fevereiro, cerimônia de assinatura do contrato de concessão para exploração do potencial hidrelétrico denominado Usina Hidrelétrica Sinop, localizado no rio Teles Pires (MT), que vai gerar 400 megawatts de energia, o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, destacou a importância do planejamento no setor elétrico.

Foi o planejamento sério, responsável do setor que nos permitiu realizar, em apenas dez anos, nada menos que 40 por cento de toda a energia acumulado pelo Brasil em toda a sua história – afirmou Lobão. Segundo o Ministro, desde 2003, foram acrescentados 46 mil megawatts de energia e 41.681 quilômetros de linhas de transmissão ao parque gerador e transmissor de eletricidade do país.

Durante o governo da presidenta Dilma Rousseff, o parque gerador recebeu, de acordo com o Ministro, 13 mil 678 megawatts de energia nova. Foram construídos 16.121 quilômetros de linhas de distribuição. Em 2014 – reafirmou Lobão - a expansão da geração deverá ser de 6.000 MW. Desse total, 2.900 MW provenientes de geração hidroelétrica; e, 1.600 MW, de energia eólica, afora o ingresso de geração térmica a gás de cerca de 1.500 MW.

Sinop: 400 Megawatts - A concessão da usina hidrelétrica Sinop foi objeto do leilão de compra de energia realizado no dia 29 de agosto de 2013, cujo vencedor foi o consórcio formado pelas empresas Alupar (51%) e Eletrobras (49%) – esta, representada por Chesf e Eletronorte – que constituíram a sociedade de propósito específico denominada Companhia Energética Sinop S.A. para receber e explorar a concessão.

Para explorar o potencial hidrelétrico, a concessionária recolherá à União os valores anuais de R$ 1,53 milhão como pagamento pelo Uso do Bem Público (UBP) e R$ 11 milhões que serão pagos à União, ao Estado do Mato Grosso e aos municípios impactados, referentes à Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos.

A hidrelétrica Sinop acrescentará 400 megawatts de capacidade instalada e 239,8 MW médios de garantia física de energia elétrica ao Sistema Interligado Nacional (SIN) a partir de 2018, demandará investimentos de R$ 1,78 bilhão e gerará cerca de 3 mil empregos durante a fase de construção.

Contará com reservatório de regularização de vazões – armazena água o período das chuvas e libera ao longo da época de estiagem – permitindo que a geração de energia ocorra ao longo de todo o ano e proporcionando significativo aumento da energia gerada por esta e pelas demais usinas hidrelétricas a jusante, nos rios Teles Pires e Tapajós.

A concessionária firmará Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEAR) com concessionárias de distribuição no montante de R$ 6,2 bilhões, correspondentes ao fornecimento de 56,75 Terawatt-hora durante o período de trinta anos, contados a partir de 1º de janeiro de 2018.

O preço de venda de R$ 109,40/Megawatt-hora é inferior ao preço médio da energia elétrica adquirida por meio dos leilões convencionais de energia nova e comparável ao preço da energia elétrica negociada no leilão da usina hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira.

Foto: Francisco Stuckert

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