terça-feira, 1 de setembro de 2015

Líderes comunitários cobram eficiência do serviço 190 no DF

PM reconheceu necessidade de gestão conjunta e 
ressaltou menor nível de homicídios em 6 anos


Representantes dos Conselhos Comunitários de Segurança (Conseg) de diversas cidades do Distrito Federal debateram com comandantes da Polícia Militar questões de segurança pública e cobraram do GDF mais eficiência do serviço 190 durante audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (1) no plenário da Casa. Conselheiros reclamaram que o serviço é inoperante: o número não atende diuturnamente, há demora durante o atendimento ao usuário e ineficiência no envio de viaturas.

Entre as sugestões de integrantes dos Conseg está a descentralização do serviço 190, localizado na Secretaria de Segurança Pública, para os comandos das PM, além da modernização e desburocratização do serviço. José Valmir dos Santos, de Samambaia, um dos conselheiros que se manifestaram em plenário, disse que o "190 pode ser útil para alimentar bancos de dados, mas não como atendimento de emergência", porque, segundo ele, "muitas perguntas são feitas à comunidade em um serviço que era para ser emergencial".

A deputada Liliane Roriz (PRTB), mediadora do debate, destacou que "o 190 é um serviço para o qual as pessoas ligam quando estão em situação de desespero". Segundo a parlamentar, há vários relatos de dificuldade de acesso do cidadão a esse serviço. "Precisamos encontrar soluções para que o cidadão não se sinta abandonado pelo Estado", declarou. Ela prometeu levar as sugestões dos conselheiros ao governador.

O tenente-coronel Robson Cardoso, representante da Secretaria de Segurança Pública, esclareceu que a central de emergência, responsável pelo serviço 190, é composta por vários órgãos ligados à secretaria. Para melhorar os serviços emergenciais, o chefe do Estado-Maior da Polícia Militar do DF, coronel Marco Antônio Nunes, sugeriu gestão conjunta. Já o comandante-geral da PM do DF, coronel Florisvaldo Ferreira Cesar, reforçou a importância da colaboração entre os comandos da PM e os conselhos comunitários de segurança.

Redução de homicídios – Durante a audiência, o coronel Cesar anunciou que o primeiro semestre de 2015 alcançou o menor índice de homicídios dos últimos seis anos no DF. Segundo o comandante, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas pela PM, como a falta de concursos públicos para aumento do quadro, houve queda dos índices em diversas situações de criminalidade, a exemplo dos roubos a veículos, estupros e homicídios. Os números serão oficialmente anunciados nesta quinta-feira (3) em divulgação conjunta com o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil, segundo ele.

O coronel Cesar anunciou ainda que foram apreendidas 1.666 armas de fogo nos oito primeiros meses deste ano. Para ele, o índice revela que "a violência urbana hoje é uma guerra". E refletiu: "uma sociedade em que se apreende 1.666 armas precisa rever sua cultura; a cultura da violência não pode vencer a cultura da paz".

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